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PENTECOSTES VERDE

Vi e li muitas mensagens excelentes sobre Pentecostes, neste final de semana. Por isso também nada postei, pois a floresta era grande. Sinto, porém, uma necessidade inadiável de refletir a partir de coordenadas que coincidiram de modo muito salutar neste final de semana.
O sábado, véspera do domingo de Pentecostes, foi o Dia da Ecologia. E Pentecostes, no domingo, juntou-se ao Dia Mundial do Meio Ambiente. É uma associação intransponível, esta. E fica ainda mais interessante quando olhamos para um dos mitos fundantes da fé que compartilhamos com o judaísmo, que é a história da criação, em Gênesis 1. Logo no segundo versículo desse relato somos informados que “o Espírito de Deus se movia por cima da água”. A Ruah de Javé esteve lá desde o princípio. Pentecostes não é uma “novidade” cristã.
Quando Javé-Deus criou todas as coisas, segundo o Gênesis, ele encontrou um imenso TOHU VABOHU, palavra hebraica para CAOS sem fim. Com esta massa disforme, ele começou a ordenar o universo. Começou com a LUZ, que a ciência descreve como BIG BANG e seguiu sua obra criadora maravilhosa. Seu último ato criador foi Adam, que é feito da Adamáh, o humano é feito do húmus, o Adão de barro é feito da própria terra… “E Deus viu que tudo o que havia feiro era muito bom”, no sexto dia.
E aí vem a humanidade, da civilização judaico-cristã, lê esta maravilhosa história, e conclui que é a cereja do bolo; o suprassumo de tudo; e declara ser proprietária dessa Criação. Acha merecer destaque porque é “imagem e semelhança de Deus”. De modo arrogante, afirma que é a última bolacha do pacote.
É o que os cientistas chamam de antropocentrismo, visão de que tudo gira ao redor do umbigo humano. O resto está aí para servir, ser dominado e usado – quando não abusado (fazer mau uso). É uma visão utilitarista da Criação, que a civilização consumista transformou no ANTROPOCENO, a era geológica em que a própria humanidade se torna capaz de destruir o planeta.
Tal visão está embasada num erro teológico primordial. Nosso antropocentrismo nos faz crer que o Homo Sapiens é a coroa da criação. Mas a Criação não terminou na sexta-feira. Segundo Jürgen Moltmann, o teólogo da Esperança, Homo Sapiens não é a coroa da Criação. A história da Criação termina no sétimo dia. Assim, a coroa da Criação é o Sábado, o dia santificado pelo Criador. Assim, toda a sua Criação é santificada, não só Homo Sapiens! Nesse sentido, Moltmann conclama a Igreja a promover uma REFORMA VERDE!
O que isto tem a ver com Pentecostes? Ora, o mesmo Espírito que vagava sobre o caos primordial TRANSFORMA todas as coisas e as santifica. Como ato criador da IGREJA, o Espírito Santo não inventou uma instituição a ser preservada, mas um INSTRUMENTO para renovar o mundo e toda a Criação. A Igreja é o instrumento do Espírito para promover Diaconia transformadora. E isto inclui também o cuidado ambiental.
Que a Ruah de Deus, o Espírito Santo, que pairava sobre o CAOS primordial, paire agora também sobre toda a Criação, e nos torne instrumentos de santificação e renovação de toda a obra de Deus, no sentido de evitar que mãos humanas promovam o TOHU VABOHU final, a destruição deste Planeta que é a nossa casa.
Clovis Horst Lindner, Pentecostes de 2022

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